17 de maio de 2008

Hoje ainda mais cara que ontem


Num mercado de futuros, em que o barril de petróleo que se compra hoje só será produzido daqui a uns valente meses, alguém consegue explicar o porquê de sentirmos no bolso hoje aquilo que as gasolineiras só vão receber passado alguns meses?

3 comentários:

Anónimo disse...

No Koweit a gasolina custa 15 cêntimos o litro.
Cá está a 137,4 cêntimos o litro. Dado que Espanha ainda está mais longe das Arábias, lá deve ser mais caro? Não?? Na Espanha custa 109,6 cêntimos. Só ??
Fazendo as contas, com o que se paga por 1 litro de gasolina em Portugal (mais 2 cêntimos), compra-se 1 litro de gasolina em Espanha mais 2 litros no Koweit.

Em bom tom comparar Portugal? ... Hum... se queriam revitalizar os transportes públicos conseguiram!!! É caso pa dizer porreiro pah!

MR disse...

O preço da gasolina em Portugal só pode mesmo ser classificado como uma autêntica vergonha.
Desde a liberalização dos preços que as subidas não param, as grandes companhias como a Galp e a BP brincam a seu belo prazer com os portugueses e a desculpa continua a ser a subida do petróleo?
Mas realmente caro impessoais, comparar Portugal com Espanha neste momento seja a que nível for é mesmo surreal...

de la Serna disse...

Em Portugal, é óbvio que o preço da gasolina é muito mais caro do que em Espanha. No entanto temos de ver que o preço da gasolina tem aumentado por toda a Europa. E não só da gasolina, também dos alimentos.

Acho que isto não é caso para olhar só para a gasolina, mas para a economia em geral.

Podem vir com justificações baseadas na oferta e na procura para tudo mas, para um leigo como eu nestas matérias, como é possível que com a subida geral dos preços e um decréscimo da procura dos mesmos como se está a ver, as grandes empresas não baixam os preços, seguindo as regras básicas do mercado que nos ensinam, pelo menos desde o 9º ano, que me lembre?

O mal disto tudo,a meu ver (e lembrando a revolta ,que há pouco fez anos, em Paris, do Maio de 68, que lembro, não foi só uma revolução de valores mas também dos grandes princípios estruturantes do capitalismo dogmático vigente até então), é a governação do mundo por critérios que procuram desmesuradamente o objectivo do lucro, e não por critérios economicistas que promovam a equidade social (ou algo próximo já que esta todos sabemos que é impossível). Não querendo parecer nenhum le Winter, tenho de o dizer que cada vez mais somos governados por meia dúzia de magnatas que controlam o mercado a seu belo prazer, levando este para um futuro ultraliberal cada vez mais próximo. Esta actual situação, e mais uma vez repito, a meu ver, só vem demonstrar que a velha social democracia que já Bernstein preconizava não deve ser deixada a morrer, mas sim ser muito bem repensada e revitalizada, ou não fosse a Europa Ocidental a sua mais digna herdeira.