13 de maio de 2008

Finalmente


No passado dia 9 de Maio tomou posse à frente da Polícia Judiciária, um investigador de carreira.

Fiquei bastante contente, pois acho, como sempre achei, que à frente das instituições deve estar, na maior parte das vezes, alguém que as conheças e entenda o seu funcionamento para além do que um "outsider" consiga fazer.

E analisando o passado recente da PJ, em que já lá vai o tempo em que um director nacional consiga completar o mandato, conseiderei bastante interessante esta mudança, pois acabará, pelo menos teoricamente com o constante braço de ferro existente naquela instituição, de um lado os investigadores, por outro, os ditos "outsiders" que são chamados numa verdadeira comissao de serviço, a virem dirigir tão importante instituição.

Foi, portanto, com bastante estranheza que recebi a notícia que o sindicato dos magistrados do ministério público recebeu tal nomeação com mal estar.

A mais isso acresce que, para além desta estranheza, houve mesmo quem se demitisse, porque, apesar de serem amigos, não seria prestigiante, seria mal visto por entre os seus pares, que estivesse um procurador na dependência directa de um investigador.

Nada mais bafiento e aldeão foi por mim ouvido nos ultimos tempos. Quer dizer, pode se ser o melhor investigador policial do país, mas mesmo assim de certo, por mais predicados e competências se tenha, ser-se-á sempre muito pior que o menos conceituados dos procuradores do ministério público!!!

É como naquelas pequenas e tacanhas aldeias perdidas por essas serras, em que o Sr. Doutor será sempre o melhor mesmo que não entenda nada de nada!

7 comentários:

Célia disse...

A mentalidade dita "da aldeia" é bem mais citadina do que se possa pensar...está à nossa volta, e todos os dias!;)

Anónimo disse...

Vamos lá ver... O caminho faz-se caminhando. Não me parece mal de todo, mas que por princípio um magistrado teria à partida melhores condições de gestão e independência em relação à actividade. Até pela preparação judicial e formação profissional. A vantagem do investigador está no facto de ser "um homem da casa" e ter uma experiência de investigação e conhecimento do meio que o valora.
Agora o tempo dirá qual solução será a melhor.

Pedro Teles disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro Teles disse...

EMM

Claro que sim, que só o tempo dirá quem tem razão.

Até lá, há pelo menos dois factos:

1 - dos ultimos 5 directores nacionais - todos magistrados - só 1 terminou o mandato, o que reflecte bem a instabilidade que se faz sentir na cúpula da instituição.

2 - o facto de não acharem que Almeida Rodrigues não é o homem certo para o cargo, nao por falta de competência, mas sim por ser um investigador e não um magistrado.

Ora a meu ver isto é ridículo, porque se a situação na cupula da PJ está mal, todos os magistrados que por lá passaram são responsáveis.

Anónimo disse...

acho que vamos dormir todos mais descansados. Depois de ouvir as declara�es �n�o ter� tr�guas�. Questiono-me n�o ser� mais um a passar por um poleiro que estava "sem tr�guas" a afundar a PJ. A Morgado gostou dele "um novo ciclo que come�a" referiu. Eu nisto Ver para crer pois n�o bastam express�es populistas de apelo � luta, que desacreditam a Investiga�o. N�o ser� o timing mau?! Estamos a 3 meses de se quebrar o segrwedo de justi�a quanto aos resultados das investiga�es!! do desaparecimento ais medi�tico de sempre... ImPessoalidade

Pedro Teles disse...

Parece que o sr. Presidente sempre encontrou algum tempo para escrever

Anónimo disse...

há sempre tempo, principalmente qd se trata DE forças policiais; Activas e ImPessoais. Só falta aprender a escrever, os códigos são decifráveis?!?!